3 de abril de 2010

Fatores Motivacionais


Para complementar o post anterior, A Motivação de Maslow, apresento uma pesquisa da Robert Half citada na matéria Prenda-me se for capaz, da revista VocêSA.

A matéria apresenta a preocupação das empresas em manter os talentos e aponta os dois lados da moeda: as ações da empresa para persuadir o colaborador a continuar em suas atividades; e a percepção de valor para os colaboradores.

Costumeiramente e acredito que por instinto os empresários que se deparam com talentos a beira de desligamento oferecem aumento salarial. 55% das empresas agem dessa forma. 69% dos profissionais recebem contrapropostas. Ou seja, cuidado com o famoso "leilão" entre propostas. Certifique-se de que você seja um talento antes de negociar uma contraproposta.

O gráfico abaixo apresenta os quesitos avaliados pelos profissionais assediados por uma empresa. Notem que o quesito salário é o indicador de baixa influência motivacional para a tomada de decisão de aceitar uma proposta externa.

Vale ressaltar que o índice mais expressivo para os profissionais é  Oportunidades Profissionais, com 54%. Por falta de clareza no futuro profissional ou de uma política clara de crescimento e capacitação, empresas perdem seus talentos para as concorrentes.

Salário e Qualidade de Vida, empatados com 9%, seguidos dos 7% da Relação com o Chefe, somados, alcançam 25%. Isso mostra que se você em algum momento não aceitar aumento salarial por uma oportunidade externa que lhe trará crescimento profissional, estará agindo dentro da normalidade. Antigamente, seria uma atitude surreal, hoje os profissionais muitas vezes beneficiam a carreira em detrimento da remuneração.

De acordo com a matéria de Murilo Ohl, um funcionário desmotivado que tem uma oportunidade externa que aceita permanecer no atual emprego por um aumento salarial está apenas adiando um problema. No entanto, aumento salarial motiva o profissional por até três meses. Depois desse tempo, novas oportunidades serão novamente atraentes para esse profissional. Outras ações devem ser avaliadas nesses casos.

Grandes empresas não esperam pelo assédio das concorrentes para agir, proativamente:
  • Adequam a remuneração com o mercado;
  • Reavaliam frequentemente as políticas de benefícios;
  • Esclarecem sobre possibilidades de crescimento profissional.
Todo esse assédio do mercado favorece os profissionais, que mais valorizados podem alçar vôos maiores e mais desafiantes, buscando a satisfação da necessidade de Auto-realização, proposta Maslow.

Abraço.

Referências:
OHL, M. (Fevereiro 2010). Prenda-me se for capaz. VOCÊSA.

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