4 de julho de 2010

Desenvolvimento pessoal x Interesses organizacionais


Quantas vezes você comentou entusiasmado que iria participar de um determinado curso, ou iniciar uma pós graduação, fazer uma certificação, e recebe como resposta: Para que? Por que fazer se você não vai conseguir colocar em prática? Para que gastar esse dinheiro?

Começo com uma resposta clichê, que diz: "uma das poucas coisas que ninguém pode tirar de você é o conhecimento adquirido". Mesmo sendo velha, a resposta vale um ponto para você.

Pouquíssimas empresas investem adequadamente no desenvolvimento de seus profissionais. Recentemente participei de um curso onde o instrutor comentou que as empresas investem na preparação de cada colaborador cerca de 80 horas anuais. Ou seja, treinamos 10 dias para executar durante os outros 260 dias do ano, aproximadamente. Por outro lado, já que estamos em época de copa, vamos pegar o exemplo de um atleta que joga na Europa. Lá o time joga uma vez por semana, enquanto treina os outros dias da semana.

Sentiu a diferença? Estou sendo simplista nos cálculos, mas notem que o Kaká treina 4 ou 5 dias por semana para trabalhar apenas 1. Ao final de um ano, o camisa 10 da seleção brasileira joga suas 50 partidas. E nós continuamos a aplaudir bola na trave.

Um dos grandes fatores motivacionais para o profissional é o investimento em autodesenvolvimento. Por dois motivos: o primeiro é sentir que a organização confia nele e que o apóia; segundo porque o ser humano precisa da constante evolução, sentir-se melhor do que ontem, para alcançar seus objetivos. Cerca de 80% dos funcionários nunca participaram de um treinamento, segundo a pesquisa apresentada por ADMINISTADORES.

É nesse momento que aparece o limiar entre o que interessante para empresa e quais são os objetivos da pessoa. Na visão da empresa seria interessante que os colaboradores se preparassem nas áreas afins, de preferência sem repassar o custo para a organização.

Por outro lado temos o profissional, que age dentro dos três perfis:
  • Deixa a carreira na mão da organização, exclusivamente;
  • Acomoda-se, e aceita o que vier. Quando vem;
  • Planeja a carreira e toma a dianteira quando o assunto é desenvolvimento pessoal.
Pessoalmente acredito que a terceira alternativa é a mais adequada e saudável para sua carreira. Digo mais - Nunca terceirize a responsabilidade pelo seu futuro. Só você sabe aonde quer chegar. Não espere que caia nas mãos o treinamento que você tanto almeja. 
Assim como você pode estar aberto às novas oportunidades,  pode não mais fazer parte dos planos da empresa. Prepare-se. Corra para alcançar executar seus planos.

Uma opinião. Qual é a sua?


Abraço.

Referência:
ADMINISTRADORES. 80% dos funcionários nunca passaram por nenhum tipo de treinamento, revela pesquisa. Disponível na internet em: http://administradores.com.br/informe-se/oportunidades/80-dos-funcionarios-nunca-passaram-por-nenhum-tipo-de-treinamento-revela-pesquisa/34994/. Acessado: 2010.


Imagem: Diego de Los Campos: unumeno boristefa: verde06.jpg. Disponível na Internet em: http://deloscampos.multiply.com/photos/album/30/unumeno_boristefa#photo=11.jpg

2 comentários:

  1. Tú fala bonito, hein amiguinho? :)

    Legal a tua opinião, só agora comecei a ler os teus posts, desculpa. :)

    Acho que agora percebo o tempo que preciso dedicar cuidando do futuro (não só do futuro financeiro), e não ser vítima, atropelado pelos problemas que vêm de todo lado.

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  2. Fala Daniel,

    Falha grave hein? Não tem desculpa por não ler o blog! Hehe.

    O atual problema é não ter tempo para fazer tudo o que queremos! Normal!

    Abraço!

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